28 de dezembro de 2006

“Happy Feet – O Pinguim” (2006), de George Miller


Um bom filme de animação com um belo elenco vocal de onde se destaca Robin Williams. Está longe de um “Shrek” ou um “Nemo”, mas ainda assim vale a pena ver. Ainda por cima tem uma mensagem ecológica bem entrosada na história e que dá origem a uma sequência bem conseguida.

17 de dezembro de 2006

The Departed: Entre Inimigos (“The Departed”, 2006), de Martin Scorsese


Um magnífico filme de “toupeiras” servido por um elenco que brilha a grande nível. Se é sempre de esperar o melhor de um filme de Scorsese, também aqui não saímos desiludidos. Todos os ingredientes são do melhor: argumento, montagem, fotografia, banda sonora (com grandes momentos) e, claro, as representações. No conjunto da obra de Scorsese, este é mesmo dos filmes mais lúdicos, com o apetitoso (mas violento) jogo de máscaras a durar até ao fim, sempre com surpresas e sem buracos na trama. Quanto aos actores, temos o extraordinário Jack Nicholson (num dos seus cada vez mais raros papéis de vilão sério, embora com graça), DiCaprio a provar mais uma vez que a confiança que Marty lhe vem conferindo não é um acaso e, entre outros (para mim, uma surpresa), o brilhante papel de Mark Wahlberg. É sempre um prazer ir ao cinema para ver filmes destes. Já agora, a nota para uma das melhores sequências do filme: a conversa entre DiCaprio e Nicholson no bar com o último a farejar o primeiro (a possível traição) quase até ao tutano…

10 de dezembro de 2006

O Perfume - História de um Assassino (Perfume: The Story of a Murderer, Tom Tykwer, 2006)


Estamos na presença de uma fascinante fábula que nos arrasta para uma história de um mundo onde o olfacto tem um lugar muito especial. O mérito poderá estar em grande parte no romance que lhe deu vida, e imortalizou Patrick Suskind, mas não me parece que o alemão Tom Tykwer se tenha saído mal na sua dificílima transposição em imagens e sons. Não parece ser essa a opinião da maioria dos críticos. Para mim, todavia, foi um grande prazer seguir nesta viagem liderada por um anti-herói trágico, sem odor, que procura acabar com a solidão que o amaldiçoava desde nascença manipulando todos os perfumes do mundo. Merecem destaque os (assinaláveis) meios de produção que edificaram o projecto e lhe deram brilho visual. E uma última palavra para a extraordinária narração em off de John Hurt.

4 de dezembro de 2006

Os Filhos do Homem (The Children of Men, 2006), de Alfonso Cuarón


Valendo acima de tudo pelo seu retrato futurista, cinzento, onde o poente da humanidade se aproxima assustadora e irremediavelmente, esta adaptação do romance de P.D. James não chega a encher as medidas. Sobram, contudo, alguns bons momentos de emoção e um esboço do que poderia ser um mundo sem um dos seus mais preciosos bens: as crianças. Clive Owen está de boa forma e recomenda-se, só se lamentando o pouco tempo de ecrã de Julianne Moore. Um bom filme.